Transição chinesa em 2023.

A China é um importante personagem em comércio internacional de inúmeros produtos de várias cadeias de produção. Na suinocultura não é diferente.

Inclusive, no caso específico da carne suína, a inclusão na mesma análise dos volumes para Hong Kong, que é um território da China, classificado como região administrativa especial torna os resultados mais fiéis à realidade.

Em 2020, no auge das compras durante a epidemia de Peste Suína Africana, os dois destinos somados representaram a média de 68,7% das exportações brasileiras! No pré PSA em 2019, 54,2% e em 2018 44,7%. No pós PSA, em 2021 foi 49,7% e em 2022 foi 51,3%.

O debate sobre os riscos de concentração em um destino sempre foi estranho por ser um falso dilema. Ninguém recusa clientes, ou seja: não havia outro caminho a não ser continuar vendendo.

Felizmente, o ano de 2023 alterou essa realidade. Dividindo-o por quadrimestre conseguimos enxergar melhor:

Média mensal de exportações de carne suína em mil toneladas ano 2023:
 ChinaHong KongChina+HKOutrosTotal
Jan / abr34.0919.30743.39841.13684.534
Mai / ago33.2107.49340.70354.91695.619
Set / dez24.57110.24734.81857.26192.079

No último quadrimestre, a média mensal de China + Hong Kong foi de 37,9% e todos outros destinos somados ficaram com uma fatia de 62,1% de média. Bem superior a todos os anos anteriores.

No comparativo do último quadrimestre com o primeiro temos o total exportado crescendo +8,9%, China + Hong Kong reduzindo em -19,8% e os outros destinos somados aumentando +39,2%.

A sonhada pulverização de destinos se tornou realidade e ela é importantíssima para assegurar que continuemos exportando acima de 1 milhão de toneladas por ano de carne suína.