E aquele medo do janeiro?

Estamos quase vencendo o dezembro e não se engane: ele foi bom!

Esse dezembro, na mesma referência de Minas Gerais foi tão positivo que rompeu a resistência do preço em R$ 7,00. Somente em 06/07 tínhamos tido R$ 7,30. A “banda de flutuação” do segundo semestre tinha sido das mais estreitas dos últimos tempos: de R$ 6,20 até R$ 7,00. A partir de dezembro o mercado buscou R$ 7,30 e depois R$ 7,50.

E agora? O que nos reserva o janeiro? Vamos olhar o histórico…

Desde 2013, pelas referências do CEPEA – Centro de Pesquisas Econômicas Aplicadas Esalq USP para Minas Gerais, só em 2014 a média foi positiva sobre o dezembro: + 1,76%.

Nos demais flutuamos de -6,97% em 2017 até -0,65 em 2020. Dos anos “normais” de queda a média foi de -3,53% em 8 anos. Somente o ano de 2022 tivemos a tragédia de -19,77% que ainda temos na memória.

Em 10 anos tivemos uma alta apenas assim como uma baixa trágica. Os -3,53% descritos seriam próximos de R$ 0,30 centavos nos preços de hoje.

Sendo um pouco mais analítico, os preços de suporte do segundo semestre: R$ 6,20/R$ 6,30 não tem motivos técnicos para serem “perdidos” salvo algum evento exótico que não esteja no horizonte.

Estamos falando só de série histórica de preços? Não.

É visível que o mercado de dezembro está muito dinâmico derrubando os pesos dos animais vivos nas granjas.

Também, se os modelos de chuva se confirmarem para mais precipitação em janeiro, aliviando a especulação climática natural do mercado de grãos, teremos mais um detalhe a colaborar com o início de 2024. Toda melhoria de lucratividade favorece a retenção ativa que influencia nos preços!

Feliz Natal e Próspero Ano Novo para todos!

Texto originalmente publicado em Três 333 Brasil: h􀆩ps://www.3tres3.com.br/cenario%20economico_suinocultura/