Em 11 de agosto desse ano formulamos aqui mesmo nesse espaço a hipótese de que a escassez de suínos no Brasil era desuniforme. Algumas regiões ainda apresentavam crescimento enquanto outras tinham perceptível diminuição de animais para abate.
Inclusive chamamos essa situação, de um sistema não homogêneo, de ter “buracos” como um queijo que por bairrismo foi denominado de “queijo Canastra”. A segunda parte da hipótese é que a escassez viria predominantemente do mercado chamado independente, diferente do mercado de cooperativas e integrações.
Agora, o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística trouxe os números de processamento definitivos para o segundo trimestre de 2022 que, diferente da prévia tem também o detalhamento por estados. Vamos observá-los.
Variação do Brasil em peso total processado do segundo trimestre de 2023 sobre o mesmo trimestre de 2022: +0,28%. Agora na mesma base de comparação para total de animais queda de -1,04%.
Vamos ver a situação dos principais estados sempre nas mesmas referências temporais acima.
Crescimento de Santa Catarina: em peso total processado +3,34%. Para total de animais alta de +3,29%.
Crescimento do Paraná: em peso total processado +2,91%. Para total de animais alta de +2,79%.
Diminuição do Rio Grande do Sul: em peso total processado queda de -3,36%. Para total de animais queda de -4,47%.
Variação de Minas Gerais: em peso total processado alta de +2,71%. Para total de animais queda de -4,94%.
Crescimento do Mato Grosso do Sul: em peso total processado +2,89%. Para total de animais alta de +2,25%.
Diminuição do Mato Grosso: em peso total processado queda de -3,36%. Para total de animai queda de -4,47%.
Diminuição de Goiás: em peso total processado queda de -9,55%. Para total de animais: queda de -10,03%.
Diminuição do Distrito Federal: em peso total processado queda de -3,57%. Para total de animais queda de -3,30%.
Diminuição dos outros estados do Brasil excluindo os acima: em peso total processado queda de -5,43%. Para total de animais queda de -6,87%.
Creio que o IBGE confirma totalmente nossa hipótese de redução na oferta de modo desuniforme.