Uma das medidas que podemos utilizar para conseguir observar as flutuações dos preços dos principais custos de produção é através do “índice de ração de terminação”: iRT.
Baseado em uma fórmula universal da última ração dos cevados, ele não tem o objetivo de apurar o custo completo de produção, mas apenas apontar a direção dos fatores descritos abaixo.
O índice terminação é um mix de 75% de milho do Cepea -Esalq USP, 20% de farelo de soja da Seab-PR e 5% do Dólar Ptax do Banco Central do Brasil (para contemplar a fração cambial da ração). Todos em valores da média mensal.
Esse iRT (Índice de Ração de Terminação) caiu -2,66% de fevereiro para março. A maior queda mensal desde abril de 2022. O milho ponderadamente caiu -0,52%, o farelo de soja -3,56% e o Dólar subiu +0,58%.
Novas quedas e ainda mais acentuadas certamente teremos até o final de abril. No dia de ontem, o milho e a soja estavam voltando a valores que praticados no final de 2020!
Um importante motivo que precisamos redirecionar o nosso olhar para os custos é que o abril chegou e o preço do suíno não reagiu.
Bateu no piso e ficou, parou, estacionou…não decolou. E não adianta procurar outro motivo além da oferta…ela está folgada!
As exportações estão voando, mas, o processamento e abate de animais, sempre vem alguma percentagem acima do mesmo período do ano anterior…nunca abaixo.
Não há ajuste nem diminuição de oferta só aumento. O que muda é apenas a velocidade desse crescimento.
E não há culpados. É só o velho e bom capitalismo!
E é esse mesmo capitalismo que agora desenha alívio nos nossos custos. Ufa!