A escassez de suínos vivos é clara!

O início de 2023, de modo totalmente diferente do início de 2022, começa com escassez clara de suínos vivos. As vendas de final de ano foram muito boas o que colaborou para esvaziar as granjas e, apesar de alguma concorrência forte no mercado de carnes/carcaças, o pico dessa disputa já ficou para trás.

Foi justamente essa escassez de animais prontos para o abate que permitiu que Minas Gerais mantivesse seu preço em R$ 7,00 durante todo o mês de janeiro, na maioria das vezes em desacordo com os frigoríficos e a relação suíno vivo com a carcaça, que tem média móvel de 2 anos em 73,68% atingisse até 79,55%!

Isso significa que, enquanto o mercado de carnes estava em trajetória de queda, sempre por concorrência para vender, nunca por conspiração, o mercado de suínos vivos aguentou a pressão e se sustentou, também sempre por fundamentos de mercado e nunca por manipulação.

Em um mercado tão pulverizado e concorrido como o nosso não existe preço errado. Existe preço de mercado! Quem ainda duvida disso é porque não sabe de verdade como ele funciona.

Traduzindo, a maior concorrência e pressão de mercado foi no elo imediatamente acima de nós, frigoríficos, e não no produtor. A pressão sobre o produtor vem dos custos de produção, principalmente dos cereais das rações.

Voltando para a nossa carne, ela continua muito competitiva no varejo, em relação às suas concorrentes, e isso está na equação dos preços. O mercado se mantém dinâmico e comprador. É o que temos chamado de “nova demanda” acima de 19 kg per capita ano.

Se o menor preço das carcaças já ficou para trás e não há pressão de vendas pelas granjas, provavelmente no início do próximo mês já teremos melhoria de preços também na cadeia como um todo.