Nas análises do final do ano passado, observávamos que não haveria redução de oferta mesmo com a maior crise da suinocultura brasileira em curso há pelo menos 2 anos. Desistimos de esperar pelo enxugamento da produção e passamos a observar outros cenários.
O que estava fazendo o preço era a “nova demanda” acima dos 19 kg per capita por ano.
O mercado interno, já adaptado ao novo padrão de consumo, dividido entre as carnes principais e a melhor competitividade histórica no varejo da carne suína, em relação às suas concorrentes como demonstram os números.
Segundo a série de preços da SEAB – Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná, no varejo, em 2017, 1 kg de lombo comprava 1,14 kg de acém bovino, 0,40 kg de filet mignon e 2,95 kg de frango resfriado.
Agora, fechando o ano de 2022, temos na mesma sequência, 0,81 kg, 0,31 kg e 2,05 kg. Especificamente no mês de dezembro os comparativos foram de 0,86 kg, 0,32 kg e 1,83 kg.
Proporcionalmente, comprar carne suína está cada vez mais em conta, além de saborosa e nutritiva.
Paralelo ao mercado interno, temos desde junho de 2022 um outro ritmo nas exportações. Enquanto de junho a dezembro de 2022 exportamos todos os meses acima de 90 mil toneladas, de novembro de 2021 a maio de 2022 não atingimos esse mesmo número nenhuma vez.
Junto a isso, começamos o mês de janeiro com uma média diária de exportações de carne suína in natura de 4.260 toneladas média por dia útil que, se mantido o ritmo por todo mês, iremos novamente superar a marca das 90 mil toneladas.
Resumindo, mais competitividade interna e mais volume externo são bons inícios de 2023 para nosso produto. Isso o diferencia bastante do início do ano passado.
O dilema ainda continua no custo de produção.