O preço de dezembro está sendo formado dentro de uma dinâmica de mercado muito forte, diferente do restante do ano. É claro que o mês em questão, principalmente na região sudeste, tem histórico de melhoria de preços, mas ano passado não foi assim.
Qual a diferença de um ano para o outro? Oferta ou demanda? E as expectativas?
Como sempre é uma mistura de razões.
Esse próximo parágrafo é do último boletim: “na medida que a produção cresce e é incorporada pela sociedade e pelos mercados, os consumidores vão também participando da definição de um novo ponto de equilíbrio. Certamente, o equilíbrio do início de 2022 não é o mesmo que está por vir no início de 2023.”
E o comportamento do mercado sugere sim a consolidação de novo patamar de consumo. Essencialmente quero dizer que o que era excesso ano passado já não é mais esse ano.
A segunda quinzena do mês já sugere isso. Tivemos R$ 0,70 de aumento desde o último texto (02/12) ou 9,58%. Saímos de 6 semanas de R$ 7,30 para o recorde do ano R$ 8,0 em 2 semanas. Ano passado, nessa mesma época o mercado já estava caindo fortemente!
A nossa visão é sim que o novo patamar de demanda está se ajustando à oferta atual que não diminui, apenas cresce em ritmo menor, e isso também foi também capaz de despertar as melhores expectativas dos produtores, alterando-as radicalmente de uma quinzena para outra diminuindo aquela pressão por vendas que todos sabemos que é destruidora de preços.
Em resumo, capturar essa dinâmica requer fundamentos de mercado, capacidade de observação e desprendimento…mas tentar entender para onde estamos indo é saudável e necessário.
E, como sugestão final, dezembro não é mês de segurar vendas, principalmente nesse patamar de preços!
Feliz Natal para todos!