O mercado de suínos do Brasil está, neste momento, aparentemente desenhando alguns limites.
Recentemente vimos que não há escassez suficiente para romper a zona de resistência dos R$ 8,0 o kg do suíno vivo em Minas Gerais e seus equivalentes em preço pelo restante do Brasil.
Também não há sobra que faça abaixar dos R$ 7,00. Em agosto o preço médio do CEPEA – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada MG esteve em R$ 7,48.
A média de preços do CEPEA desde 2013, para Minas Gerais, atualizada pelo IGP-DI até agosto de 2022 é de R$ 7,59. Isso implica que estamos 7,77% abaixo dela nesse momento. A última vez que estivemos consistentemente acima da média foi entre junho de 2020 e abril de 2021.
As exportações de agosto registraram um recorde somando 116, 3 mil toneladas de carne suína total (in natura + processadas). Nossa, as exportações estão muito boas! Sim, é fato…mas a produção também.
Isso garante a “disponibilidade interna” que já anda na casa dos 19 kg por habitante ano.
Depois do tombo no preço de 19,8% de dezembro de 2021 para janeiro de 2022, já ouve uma recuperação de 34,5% em relação ao fundo do poço, estando hoje 1,0% acima do mesmo dezembro. Isso é empate técnico.
O “mercado soberano” não se engana, pelo lado do suíno não se pode reclamar da recuperação dos preços.
As dificuldades atualmente passam mais pelo custo de produção. As relações de troca do kg do suíno vivo com o kg de ração estão muito desfavoráveis, principalmente em relação ao milho.