O comportamento do mercado de animais de Minas Gerais geralmente serve como modelo para o mercado do Brasil. Embora sejam valores diferentes, a tendência costuma sem muito semelhante. Por isso costumamos usá-lo como referência.
Na última análise, em 22/07/2022, dissemos claramente: “Porque, apesar da acomodação de ontem (R$ 6,80 em acordo com os frigoríficos), não vemos alteração dos fundamentos de escassez da mercadoria suínos vivos… acreditamos que estamos diante de uma acomodação temporária de preços e não uma nova tendência ou trajetória de queda acentuada dos mesmos.”
Apesar da convicção na escassez, não contávamos que a baixa durasse apenas uma semana quando emitimos a opinião reproduzida textualmente acima. Foi uma surpresa positiva.
Não é possível segurar nenhuma tendência porque a concorrência não permite. A queda de apenas uma semana é um sinal inequívoco de que o mercado está enxugando.
Agora, começamos a testar novos patamares porque chegamos a preços de animais e carcaças que ainda não tinham sido atingidos nesse ano de 2022.
O preço da Bolsa MG está em R$ 8,0, com acordo, e a carcaça exportação atingiu R$ 11,0 no atacado. Isto é equilíbrio exatamente na média histórica: 73%.
Sintoma que os deslocamentos dos preços antecipados por Minas Gerais estão convergindo para o restante do país e nos outros elos da cadeia de produção.
Testar mercado é exatamente assim. Não há garantias prévias de sucesso, mas, não atingimos novos patamares por acaso: é por oferta, procura e expectativas.
Foi o “mercado soberano” que nos trouxe até aqui.