Descolado sem limites?!

O mercado de animais de Minas Gerais fechou um mini-ciclo de alta de 8 semanas com uma relação média suínos vivos /carcaças de acima de 79% e com um pico de 89%.

O preço ficou em R$ 7,30 durante 6 semanas consecutivas e foram 7 semanas de acordo com os frigoríficos: 87,5% de acordos em um ano de taxa de acordo acumulada de 56,8% até agora.

A última vez que aconteceram 6 semanas consecutivas de mesmo preço foi entre dezembro de 2019 e janeiro de 2020. Outro momento do mercado interno.

Afinal, nenhum mercado sobe indefinidamente, principalmente descolado entre seus elos e em mercadorias concorrentes e complementares: cevados e carcaças.

Por que tanta descrição desses comportamentos de mercado?

Porque, apesar da acomodação de ontem (R$ 6,80 em acordo com os frigoríficos), não vemos alteração dos fundamentos de escassez da mercadoria suínos vivos.

Com esse ajuste de preço viemos para a média histórica suíno/carcaça de 73%…ou seja agora estamos em um mercado normal.

Paralelo a isso, o mercado de exportação de carne suína, além de bons volumes (4.206 toneladas no acumulado das última 4 semanas), já sinaliza melhores preços em Dólar.

Estão acima de US$ 2.400 por tonelada contra a média de US$ 2.143 em março, auge da crise da suinocultura. Melhores preços de mercado externo são estímulo a mais para destinar mercadoria para fora do Brasil, isso sem contar o novo patamar do câmbio girando em torno de R$ 5,50.

Em resumo, acreditamos que estamos diante de uma acomodação temporária de preços e não uma nova tendência ou trajetória de queda acentuada dos mesmos.

A conferir!