A cadeia de carne suína entrou em nova onda de alta.
Minas Gerais em R$ 7,30 o kg vivo e esse preço significa hoje 77% da relação com a carcaça suína tipo exportação vendida CIF no mercado do estado. Na Bolsa da semana passada essa relação foi de 89%! A média histórica é de 73%.
Por que tantos números? Para descrever o efeito chicote a favor: pedidos simultâneos sincronizados por toda cadeia de produção nível Brasil. Ele é poderoso!
Mas e a oferta real? Ela está enxugando constantemente desde janeiro.
E a oferta aparente? Desapareceu nessas duas semanas!
Desapareceu em definitivo?
Estamos tateando os preços para definir o tamanho desse encolhimento da oferta.
Aparentemente o mercado de suínos enxugou antes do mercado de carnes. Essa é a razão da relação entre o animal vivo e a carcaça ter ido a 89%.
Como ponto análise podemos colocar o início do próximo mês no radar. Até lá já teremos sinais da equalização deste possível distanciamento entre o mercado do produtor (suíno) e do atacado (carcaça).
Isso vai determinar a trajetória. Se o enxugamento for poderoso o preço decola. Se o enxugamento for parcial o preço cede.
Mas há um detalhe importante: não creio que, quando e se ceder, o preço de venda volte a ficar abaixo do custo de produção. Já houve muito sofrimento e ele tem seus efeitos.
Não há bem que sempre dure, e nem mal que nunca se acabe!