O mercado brasileiro está enxugando a oferta de suínos desde janeiro.
Esse movimento contínuo levou o estoque de animais nas granjas a níveis ainda mais baixos e, quando a tendência de baixa se inverte, às vezes por alguma alteração de expectativas e/ou algum evento da vida real, aquela oferta que era anteriormente abundante se retrai imediata e automaticamente.
Paralelo a isso, a carne suína atingiu um momento de extrema competitividade com as demais proteínas.
Em 18/03, um tradicional boletim de mercado trouxe a informação de que o preço do frango vivo ao produtor em Minas Gerais era de R$ 6,20 enquanto o suíno vivo era R$ 6,10.
Agora, em 6/4 esse mesmo movimento chega ao atacado. Segundo o CEPEA, para o estado de São Paulo a carcaça suína estava cotada em R$ 8,09 e o frango resfriado em R$ 8,11.
Suíno mais barato que frango não é o comportamento padrão do mercado.
Precisamos acompanhar atentamente o que acontecerá quando a atual subida de preços, disparada por essa alteração de expectativas e pela competitividade extrema da carne suína sobre o frango se encontrar com a oferta de suínos vivos na prática nas próximas semanas.
A “oferta real” nunca é exatamente igual à ”oferta aparente”. Uma é baseada exclusivamente no estoque de mercadoria, a outra é dominada pelas emoções envolvidas nas vendas.
Emoção também faz preço, só não sustenta. Por hora é para ser comemorado.