Oferta cresce com liquidações de plantéis suínos

Devido a frustração com a estabilidade dos preços do início de março e a pressão nos custos de produção que não produzem alívio, mantendo o suíno vivo em forte prejuízo, a oferta de animais vivos e carcaças no mercado se acentuou levando mais pressão nos preços dos produtos de carne suína.

O enxugamento acelerado está produzindo dois tipos de animais para comercialização no mercado: peso normal e peso de liquidação. Isso também produz uma separação em 2 categorias de preços, mas, que no final, se comunicam e pressionam o atacado de carnes.

Para quem tem dúvidas sobre se a questão é de oferta ou de demanda, podemos observar o que aconteceu com os preços do frango no mercado interno, sujeitos à mesma economia, inflação, desemprego e renda.

Quanto às variações percentuais, em 30 dias, segundo o CEPEA para o estado de São Paulo, temos o frango congelado em aumento de 23,9%, o bovino subiu 0,86% % e a carcaça suína em queda de 3,33%.

Claro que um poder aquisitivo maior favorece o mercado, mas não é ele, nem de longe, o responsável pela atual realidade da suinocultura brasileira.

Infelizmente, resta-nos pouco a fazer além de aguardar o enxugamento da disponibilidade interna de carne suína que o processo descrito continuará promovendo, até que algum evento da vida real sinalize a escassez e os preços voltem a subir.

A primeira quinta-feira de maio, dia 5/5 é uma boa data para ser observada. Somam-se a entrada da massa salarial e a reunião de Bolsas antes do Dia das Mães (8/5) data tradicional de aquecimento do mercado.