Já conversamos por aqui dos conceitos de suporte e de resistência dos preços. Eles são o piso e o teto históricos. Representam faixas de valor que raramente são ultrapassadas — seja para cima ou para baixo.
Desde que começamos a conversar por aqui com mais frequência, esses patamares giravam em torno de R$ 6,00 e R$ 8,00, tomando como referência o mercado de Minas Gerais.
Atualmente, corrigindo-os pela inflação passada através do Índice IGP-DI, observamos um deslocamento de R$ 0,50 para cima, posicionando-os agora entre R$ 6,50 e R$ 8,50.
Isso indica que, em 2025, os preços têm se mantido próximos ao teto — reflexo do aquecimento do mercado externo, que tem sustentado a escassez interna e, consequentemente, mantido os valores em patamares elevados.
Sobre isso, o ano começou bem agitado. O janeiro manteve os R$ 8,00 de dezembro e o fevereiro elevou-o R$ 1,50 por kg, o ciclo de baixa iniciado em março parou novamente nos R$ 8,00 e agora retoma as altas.
Aparentemente esses valores têm demonstrado competitividade da proteína no varejo e atendido todos os elos da cadeia. Mesmo com a volatilidade típica do setor, mostra que o mercado está reformando a casa. Operar perto do teto — e com sustentação — sinaliza a sua boa estrutura.
O setor encontrou equilíbrio entre demanda aquecida, margem dos frigoríficos e sustentabilidade para os produtores.
Texto originalmente escrito para o Boletim de Mercado da Três 333 Brasil.