Já falamos por aqui que o preço do suíno vivo deu mostras de que tem trabalhado em uma faixa entre o piso/suporte próximos dos R$ 6,50 e do teto/resistência de R$ 7,00 desde a segunda quinzena de março de 2023. Isso na de referência de Minas Gerais. Quem é de outra região pode encontrar a sua equivalência com esses preços.
Também já dissemos que essas referências têm prazo de validade, mas que apenas eventos reais, que promovam mais escassez ou mais abundância são capazes de alterar isso. Nada mais! Falas, desejos ou divulgação de preços irreais nada alteram porque simplesmente não é o que falamos do mercado que faz preço!
Também já conversamos que, apesar do consumidor ter perdido alguma renda, o decisivo na formação de preços foi que as carnes aumentaram muito sua oferta.
Por que essa introdução longa para chegarmos ao tema?
Porque o momento é muito didático! O preço do suíno vivo vai subir dentro das mesmas condições macro e microeconômicas: o nível de renda, desemprego e concorrência entre as carnes. Em paralelo a produção de suínos é estável segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O que está havendo é os novos canais de exportação abertos estão enxugando o mercado interno a partir da região Sul.
Isso está diminuindo a oferta interna e, portanto, a concorrência de carcaças e cortes suínos, aumentando a procura por animais vivos, injetando confiança nos agentes de mercado e desmontando as incertezas.
É a combinação de fatos, fundamentos, emoções e lógica que está favorecendo a ruptura da resistência/teto do preço. E é essa combinação que possibilitará buscar novos patamares para os suínos vivos em breve.
No capitalismo não existe preço justo, injusto ou errado…só existe preço de mercado!