Faz algumas poucas décadas não tínhamos as ferramentas que temos hoje para lidar com o mercado.
Não conhecíamos de fato a oferta, a conexão entre as pessoas não era instantânea como hoje, havia sim “assimetria de informação” que permitia que uns grupos capturassem valor de outros e sobrava mesmo muita emoção no debate de preços. Pouco racional, muito emocional…praticamente “visceral”.
Hoje isso mudou completamente! Os fatos podem ser lidos pelos dados. Os fundamentos de mercado estão claros e disponíveis para quem quiser fazer bom uso dos mesmos e assim tomar as melhores decisões.
E no meio ambiente e clima? Como andam as tecnologias que nos permitem pensar, entender e principalmente agir? A todo vapor! Não faltam dados também para pensar e agir…
Mas porque parece, pelos últimos eventos, que não estamos evoluindo? Porque o debate do clima é dominado pela ideologia.
Assim como no mercado temos a opção de buscar o entendimento e a racionalidade, mas nossa natureza humana emocional produz armadilhas que nos tiram frequentemente das melhores escolhas.
Quando vejo determinados posicionamentos antiecológicos e com todas as suas consequências de longo prazo por um setor que mais precisa de equilíbrio só consigo imaginar que essa autossabotagem vem de uma exploração política de ideias equivocadas que trazem benefícios para grupos que não são verdadeiramente do agro e que de compromissos reais com o setor não tem nada, exceto a habilidade em explorar os sentimentos mais básicos da natureza humana.
Que os eventos reais intensos e sofridos sejam capazes de nos fazer buscar de verdade os melhores caminhos e as melhores práticas ecológicas, ao invés de nos associarmos com personalidades políticas que de compromisso real com o sucesso de nosso setor nada tem!
Já é hora de acordarmos!